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Regulação Emocional

As emoções fazem parte da nossa vida, nos ajudando a tomar decisões e servindo como “termostatos” nas relações com as pessoas e com o mundo.

É importante ressaltar que cada uma das emoções possui sua função e que todas as emoções são válidas, independente de as aceitarmos ou não, e que não existe nenhuma emoção “errada” que se possa sentir. As dificuldades podem surgir a partir da avaliação que fazemos diante das emoções, que podem ser distorcidas e nos levar a ter algum prejuízo nos comportamentos que surgem como resultado dessas emoções.

Segundo Gross (2002) “Regulação Emocional refere-se às estratégias que os indivíduos usam para controlar suas emoções, quando eles as tem, e quão fortemente eles as experimentam e expressam”, sendo que o processo de regulação emocional nos possibilita manejar as emoções de modo a nos adaptarmos melhor ao contexto que estamos inseridos”.

Existem muitas formas de lidar com as emoções que sentimos diante de diversas situações e dependendo do modo como nos comportamos, podemos ter diferentes resultados. Por exemplo, diante de uma situação que gere raiva, podemos agir de modo agressivo e descontrolado, ou podemos nos comportar de forma assertiva e resolver o problema, fazendo assim um uso “inteligente” dessa emoção.

Mesmo os indivíduos sem transtornos mentais podem ser propensos expressar ou lidar com suas emoções de forma disfuncional, podendo ter prejuízos nos relacionamentos sociais como no trabalho, nas amizades, na família a casamento/namoro.

A partir do conceito de Regulação Emocional, que se refere à habilidade do indivíduo em lidar com as emoções processando-as de modo equilibrado, entendemos que a “desregulação” emocional se refere às reações exageradas e intensas às situações que normalmente não demandam tais reações. O indivíduo age de maneira muito distinta do que é aceito em nossa cultura e sociedade.

Segundo Leahy (2013) “uma vez que as emoções de ansiedade, tristeza ou raiva surgem, formas problemáticas de lidar com sua intensidade podem determinar se as ex­periências estressantes vão levá-lo a novos comportamentos problemáticos. A “desre­gulação” emocional pode incitá-lo a quei­xar-se, provocar e atacar ou afastar-se dos outros”.

Sendo assim é necessário compreendermos a importância de buscarmos estratégias para conseguir lidar com as emoções de maneira eficaz, melhorando assim a saúde mental e o nível de qualidade de vida.

A psicoterapia nos auxilia a desenvolver formas efetivas de lidar com cada tipo de emoção e estratégias de enfrentamento para diversos tipos de situações. Existem estratégias de regulação emocional que podem ser aplicadas diretamente às situações, ao processo de atenção e foco dos problemas, à reavaliação das situações geradoras e podem também promover a supressão de certas emoções quando ocorrem em ambientes dos quais não se esperam certos tipos de reações. Durante as sessões o paciente aprende reconhecer os prejuízos causados pela ruminação dos pensamentos que geram emoções intensas e também a ter consciência dos processos e padrões que geram as reações emocionais, aprendendo assim a modificá-los de forma gradual.

As técnicas de regulação emocional nos ensinam a manter as emoções em um “nível controlável”, pois é melhor controlar as emoções do que ser controlado por elas.

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