A Terapia Cognitivo Comportamental ou TCC é uma abordagem terapêutica estruturada, com eficácia comprovada e que tem como objetivo a identificação e mudança de padrões de pensamento, comportamento, assim como o modo de lidar com as emoções.

Segundo Abreu (2016, p. 169) “algumas linhas são consideradas mais indicadas em função de sua eficácia (capacidade de mudança), efetividade (duração da mudança) e rapidez. Segundo a publicação internacional intitulada Evidências Clínicas – um manual comparativo de várias intervenções, a terapia cognitiva é reconhecida como padrão-ouro e recomendada como a primeira opção de tratamento em quase 85% dos transtornos psiquiátricos”.

Um processo de psicoterapia dentro desta abordagem se desenvolve a partir de metas e objetivos a serem alcançados pelo paciente, psicoeducação (esclarecimento sobre o funcionamento da terapia e transtorno a ser tratado), identificação de comportamentos disfuncionais, que são os modos de agir que trazem prejuízo, o reconhecimento das distorções de pensamento (avaliações imprecisas que são feitas das situações) e consequente reestruturação cognitiva (mudanças no modo de pensar e encarar a realidade).

A terapia cognitiva, através de diversas técnicas, ensina o paciente a pensar de modo mais realista e lidar com os pensamentos os automáticos e intrusivos, que são aqueles pensamentos que muitas vezes “brotam” na mente e que são difíceis de controlar.

A TCC vem evoluindo desde a sua criação de modo a propiciar, cada vez mais, tratamentos eficazes para diversos tipos de transtornos, dificuldades emocionais e problemas interpessoais.

“Hoje há mais de 330 artigos de resultados de intervenções cognitivo-comportamentais, e a produção de pesquisas continua. Alguns estudos de resultado usando neuroimagem recentemente confirmaram o que já se previa: as TCC produzem mudanças fisiológicas e funcionais em muitas áreas cerebrais” (Knapp; Beck, 2008).